Eu já sou.
Meus pais são separados desde q eu era pequeno, então contei pra única pessoa que importava: minha mãe.
Ela ficou 6 meses achando que era zoeira minha, até q eu apareci com um namorado em casa.
Não é perfeita, detestou os dois com quem tive um relação mais longa e ficava vigiando pra ver se eu não tinha trejeitos.
Acabou que com o tempo ela simplesmente viu que não mudei nada e que ficar me inspecionando gerava ou uma reação de enfrentamento ou eu reforçar o trejeito como maneira de afronta, daí decidiu ficar quieta nesse quesito.
Atualmente sou assumido para todo mundo que conheço, mas não sou para a família pq ela não deixou, usa a desculpa que "não está afim de ouvir coisas", o que eu entendo que é o famoso armário que a família se enfia depois que os filhos saem do armário, onde permanecem até ver que não tem nada demais.
Enquanto alguém assumido pro mundo, hiper recomendo, vc acha q vai morrer quando conta, mas depois vê que não ter q se esconder só te torna mais valente.
Ninguém mais pode te atingir usando sua sexualidade, se te chamar de viado, bicha ou afins, ao invés de desmentir ou se recolher com medo de ser percebido ou "descoberto" vc bate no peito e fala que é mesmo, q se alguém estiver incomodado q fale.
Geralmente te respeitam a partir daí, só tem graça incomodar quando a pessoa se sente incomodada, mas a partir do momento q ela não liga mais as brincadeiras param.
E caso continuem você consegue bater de frente, responder à altura ou explicitar que a pessoa só está mexendo com você pq tem algo dentro dela que ela não está sabendo lidar muito bem.
A vida sem medo é muito melhor.